sábado, 27 de setembro de 2008

Em querer.

Porque foi no acaso que a despretenção do seu sorriso me prendeu,
por acaso quis te ter
e despretenciosamente quis saber dos teus olhos,
e por descuido me perdi,assim,distraida e naturalmente, me guiando pelos seus sorrisos e seus olhos e seus beijos...e agora não sei (nem mesmo se quero) sair do quanto é bom saber de você perto de mim.




Me ensina a te percorrer ?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Escrita

Passo o tempo pensando em coisas que não são minhas,textos que poderiam ser publicados e acabo perdendo toda a originalidade até do sofrimento . Porque quero um sofrimento que seja bonito e inteligente para outros que nunca vão saber dele.

Talvez por isso os textos me são cada vez mais escassos, se confundem com pensamentos triviais e o cotidiano não pertence a literatura de grandes gênios, pelo menos não o cotidiano normal e sem brilhos de qualquer pessoa mediócre,ou talvez nem isso.
Pensar com estilo alheio,sim,é como penso,penso em acordo com o muitos livros e personagens que me parecem ou pareciam e algum momento interessantes,não passo de um recorte de personagens ultrapassados ou não,não sendo nem suficiente clichê,tamanha mistura.
Mas isto não é um lamento.

A chuva que eu tanto esperei me afogou, sugou todo meu ar, e fez com que e vomitasse qualquer coisa que a um bom tempo eu deixei dentro dos livros velhos que não tenho mais tempo pra ler, eu poderia ser a personagem principal de um conto intimista qualquer datilografando em sua maquina nostálgica um cotidiano sombrio mas não, apenas a jovem ao (impessoal) lap-top tomando (mais impessoal)coca-cola e imaginando se alguem se apaixonaria por ela ao ler isso,não que nunca tenha sido amada,então não tenham pena,é apenas capricho de mulher egoísta, sempre pensar que toda ação reverberá em alguem que seja alvo ou origem de um amor que acredito ser deveras mente inventado(mas não por mim).


Inclusive já escrevi muitas cartas de amor , verdadeiras obras de arte, fina flor da minha poesia em verso prosa e supostas lagrimas e até suposto sangue para aqueles leitores mais melodramáticos. O verdadeiro amor não pode ser escrito , e nem adivinhado. Ficar alegre ate ter vontade de chorar de agonia é amar?


Eu queria ter 12 anos e poder continuar sendo inconseqüente e não precisar de ninguém e não fazer nada pelas minhas própria pernas, aquela alegria de ter um texto publicado no jornal do colégio e hoje com o acesso rápido meio mundo pode ter meus textos,mas eles não tem mais sabor clandestino , eles são meias verdades abertas pra quem quiser, e verdades absoluta pra quem souber. Eu não sofri, não tive um infância traumática, não padeci com grandes amores, não fui abandonada, nem nunca me faltaram sorte e inteligencia, por isso digo esses textos na verdade não são meus, são das pessoas que tropeçam em minha vida. Eu criei tantos eus que não sei administra-los.